Programa & Aulas MPC

Programa da Disciplina MPC / CMANS



Notas de Aulas


1a Aula - Introdução Geral da Disciplina - Programa, Avisos & Recursos





2a Aula - O Método Científico



3a e 4a Aulas - Tipos de Investigação Científica


Comentário Para Reflexão

Trecho de autoria do Prof. Geovani Jacó de Freitas (Gil)
Coordenação de Ciências Sociais (UECE)


O conhecimento científico é o saber mais humilde de todas as formas de conhecer o mundo, justamente pelo fato de ele se permitir à dúvida e, segundo Karl Popper, de estar no espaço da refutabilidade/irrrefutabilidade. Os conhecimentos científicos, ou uma perspectiva de abordagem científica, quanto mais debatidos, questionados, pressionados, críticos e criticáveis, mais consistentes eles serão, e mais socialmente públicos eles se tornam.

Por esta razão, devemos estranhar, no sentido cognitivo do termo, quaisquer ações que venham contrapor-se ao espírito científico necessário a quem assume o papel de educador, técnico, facilitador, professor ou qualquer outra nomenclatura em voga na atualidade. Pensar abstratamente os processos sociais concretos não significa reproduzir "teorias" já cristalizadas. Aliás, o que chamamos de teorias Roberto Cardoso de Oliveira vem a chamar de "paradigmas" teóricos com os quais dialogamos. Teorizar, de fato, é por esses paradigmas em movimento, sob a força do cotejamento e confronto com o real experimentado. A realidade é por si só contraditória, multifacetada e apreendida sob diversas possibilidades de interpretação e de ação. As teorias consagradas são apenas mediação para se chegar ao mundo vivido, são uma representação, mas não substituem o real. Teorizar sobre o real não é, sob nenhuma forma, impor conceitos como se eles tivessem força mágica sobre o real. Pensar abstratamente o real, ou seja, construir uma possibilidade razoável de inteligibilidade sobre os processos sociais concretos é, justamente, estar aberto à argumentação. Diferentemente do conhecimento religioso, ou mesmo do senso comum, o conhecimento científico refuta posições dogmáticas. Isto implica, para o bom conhecedor, estar aberto ao debate, ao enfrentamento, ou seja, estar com o corpo e a mente porosos para o embate e com ele desenvolver o espírito argumentativo e contra argumentativo, exercido pela palavra, meio por excelência da condição humana e da construção da esfera pública, para não esquecer Hannah Arendt.

Pois bem, quem chega a um debate, traz um conteúdo formatado e revela-se com a mente blindada para o devir agonístico, essencial ao conhecimento científico e à sua pluralidade, cremos não estar maduro para assumi-lo, ou mostra-se fraco diante do poder de persuasão, Na verdade, corpo e mente blindados depõem contra o ato de educar, cuja exigência ao educador é, no mínimo, o de colocar-se na condição continuada de aprendente. Isto requer esforço e atitude humildes, mesmo diante de um opositor crítico e perspicaz. E entre aqueles que se agarram em seus preceitos e dogmas e por trás deles se escondem, priorizando a forma em detrimento de conteúdos, não sabendo se colocar como sujeitos públicos na medida em que os saberes assim o exigem, e aqueles que se movem pela inquietação e busca de disvelamento das relações cristalizadas, esforçando-se para por o saber científico a serviço do pensamento e da ação, ficamos com estes últimos.

5a Aula - Estudos Seccionais































































6a Aula - Redação Científica











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